TARDE

Abandono
Suas palavras pintaram
O fim
das nossas tardes
Vãos pensamentos náufragos
Atropelaram
As têmporas dilatadas
Cavalgantes
No riso do Vento
A calvíce
Soberba do Abandono
Daniel Medina (Livro "Pela Geografia do Prazer)
O meu comentário???
Fica o tempo....
Fica a solidão mais profunda...
A que não se procurou...
A que nos corta o ar e risca na parede...
Os nomes, o coração com as iniciais, a palavra "Amo-te"..
Porque, até isso, o Vento rouba...
Como se alguém lhe tivesse dito para esvaziar as memórias...
Lentamente....mas em breve, fica-se só com a tarde...
Como alimento da alma....

Comentários

O Profeta disse…
Nascem a todo o instante
Os sentires vindos da alma
Tatuados a cada semblante

Um beijo na tua procura
Um abraço fica suspenso
Um sorriso desponta da tristeza
Um olhar prende o momento


Boa semana



Doce beijo
Rolando Palma disse…
O que o vento rouba... às vezes, também devolve.

Às vezes, devolve os sons, as lembranças, as imagens... mesmo que seja sob a forma de uma onda a desfazer-se na praia ou no canto anónimo de um rouxinol dos campos...

Mas nem todos conseguem ouvir, não é ?

Uma óptima semana...
belo blog. Da vontade de voltar...
Maurizio
Secreta disse…
Quando o fim acontece , restam-nos as recordações no nosso pensamento.
Beijito.

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