Encontro-te... sentado na sala, com as luzes baixas... Assustas-me... Tu, com a tua lendária e inesgotável energia... Os teus desportos radicais... que nunca entendi... Como baixo está o som... A música escolhida... O meu tango favorito, à "Média Luz", que sempre desdenhaste e cuja letra, tantas vezes... torturaste... Procuro o champagne e o ramo de rosas habituais... O gesto simpático de um bom amigo para com a anfitriã do jantar... Em vão... E quando te interrogo com o olhar... o teu continua inexpressivo e levantas-te silenciosamente da cadeira... Caminhas para mim, desenhando na perfeição os passos clássicos do tango... Arrebatando-me... conduzindo-me fatalmente pela sala... Numa reconquista, numa renovação, numa afirmação... Poema escrito em 2007 por MV@MartaVinhais@  e publicado hoje novamente  em resposta à proposta  "Tertúlia de Amor" do blog " Amor Azul" Em homenagem também  à minha Mãe que cantava muitas vezes  a sua versão deste tango.
 
Comentários
Deserta, pode sempre servir de inspiração para um belo poema, como por certo te serviu a imagem da praia.
Beijos
Belo poema, gostei.
BOM ANO, querida amiga Marta.
Beijo.
Um bom dia de reis, e claro, um belíssimo 2015!
Beijo amigo
deserta de livre.
Em qual dos sentidos faz sentido?
Desejar é sentir-nos vivos
Estar livre é ser capaz de subir
ao Everest!
Faz muito sentido.