Com Amor

Crepúsculo Sozinho frente ao mar busco outro sol no sol que vai ao fundo. E há uma voz a chamar do outro lado do mundo. Manuel Alegre O meu comentário??? Não há limites... O que se procura no mundo... Tão simples como ver o pôr-do-sol... Imaginar-se algures a explorar o mundo... O que há de novo, o que nos pode oferecer e o que nós lhe podemos oferecer.... Se estamos realmente abertos a ouvir as vozes do outro lado do mundo....

Hora do Mar Hora de ninguém fechar os olhos e embarcar. Ouvir a voz que vem do vento Manuel Alegre O meu comentário??? A vida é uma viagem... Nem sempre pacífica... Tempestades no mar que é preciso enfrentar... Com garra.... às vezes, pensa-se que não se tem.... Mas o amor à vida é mais forte... Escutamos vozes... A do mar....a do vento... Esperança...confiança...fé... Os olhos bem abertos e embarcamos.....

E contudo perdendo-te encontraste. E nem deuses nem monstros nem tiranos te puderam deter. A mim os oceanos. E foste. E aproximaste. Antes de ti o mar era mistério. Tu mostraste que o mar era só mar. Maior do que qualquer império foi a aventura de partir e de chegar. Mas já no mar quem fomos é estrangeiro e já em Portugal estrangeiros somos. Se em cada um de nós há ainda um marinheiro vamos achar em Portugal quem nunca fomos. De Calicute até Lisboa sobre o sal e o Tempo. Porque é tempo de voltar e de voltando achar em Portugal esse país que se perdeu de mar em mar. Manuel Alegre O meu comentário??? Nada é um mistério.... Talvez se pense que sim... Os mistérios são como o mar... Aventuras, desafios.... Ao que está escondido em nós.... Nada se perde....a não ser que sejamos nós... Que desistimos.... de nós próprios...dos outros... E tornamo-nos verdadeiramente estrangeiros.................

Saudades do nada tenho Saudades do Nada, entro em tua casa inundada de rosas. escrevo poemas de amor, de amor, jardineira do sol, e é o que eu sou deitada em teu colo de Maria Azenha, "Saudades do Nada" O meu comentário?? O tempo em que o tempo nos pertencia... Totalmente... Os cheiros penetrantes, fortes.... A harmonia, a paz, a sintonia... O tempo da descoberta, do amor sincero.... De poemas pequenos... de palavras banais, simples... Mas sempre sinceros...............

Quando o horizonte se fecha o azul converte-se em cinzento e o próprio mar fica da cor do vento de Manuel Alegre, "A cor do vento" (Doze naus) O meu comentário??? Terá o vento cor?? Não será apenas transparente? O vento brinca connosco, infiltra-se na nossa vida... Leva-nos ao desespero.... À fúria.... Ou torna-se inesperadamente doce.... Devolve-nos o que nos arrancou... Escondeu...troçou... Secando-nos as lágrimas.......

infinito branco o infinito é um véu branco que ilumina o silêncio dos peixes. nem o branco podia ser mais perfeito... de Maria Azenha - "A chuva nos espelhos" O meu comentário??? Branco puro... Cores reunidas num leque sobre o branco... Longe...no infinito...no horizonte... Sem limites....... Imaginação sem tréguas.... à procura da luz... Do branco.... Suspiros profundos........ um sorriso perfeito... Porque se fala do branco............

Chuva marítima cultivo rosas brancas em varandas a ocidente daqui avista-se o mar e o mar é grande chove. atravesso um caminho branco. chove. o mar entrou pelo meu coração. chove Maria Azenha (A chuva nos espelhos) O meu comentário?? Faz-nos sentir pequenos.... o mar... Invade-nos o coração....faz-nos desejar ser uma onda... Beijar a areia, espalhar a espuma.... Voltar ao ponto de partida...o tal caminho branco... Nos dias de chuva.....acalma-nos... Oferecendo-nos uma dança exótica..............