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EM PLENO

Á Minha Mulher Eu estava morto e vivo agora. Tu pegaste-me na mão.. Eu morri cegamente Tu pegaste-me na mão. Tu viste-me morrer E encontraste-me a vida Tu foste a minha vida Quando eu morri Tu és a minha vida E assim eu vivo Harold Pinter in "Várias vozes" O meu comentário??? Vive-se em pleno... No amor... Na cumplicidade.... Sem escuridão...num óasis... Em que tudo volta a ser mágico quando se fala com a alma plena... E como se compreende o silêncio.... E nada se pede quando se aconchega ao desejo

DESAFIO

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O "Com Amor" aceitou participar neste "blogagem colectiva" e escrever uma história de amor. Será capaz??? Só no dia 24 de Novembro!!!! Obrigada a Rebeca e Jota Cê...

SEM CULPAS, COM VERDADE

Quando o amor acenar siga-o ainda que por caminhos ásperos e íngremes. Debulha-o até deixá-lo nu. Transforma-o, livrando-o da sua palha. Tritura-o até torná-lo branco. Amassa-o até deixá-lo macio., e então submete ao fogo para que se transforme em pão para alimentar o corpo e o coração! Khalil Gibran O meu comentário??? Raro, intenso, o amor provoca-nos... Para além dos limites do nosso próprio corpo... Conduz-nos a um labirinto de sensações, em que o mel escorre pela nudez.... E, nos faz sentir gigantes..... Numa entrega completa, num desejo vivido.... Numa noite quente e romântica... Numa noite fria de chuva e desespero... Sem culpas.... com verdades

NADA

FIM O fim. Tudo tem fim, nada é eterno. O início, tal como o fim. O nada. Onde tudo começa. Onde tudo acaba. No fim não se pensa. Fecha-se s olhos e acontece. Mesmo sem querermos. Ele vem, rápido e frio. Depois começa-se tudo de novo. Do nada, para acabar tudo onde se começou. Sem nada! João Costa Ferreira (Livro "II Antologia de Poetas Lusófonos") O meu comentário??? Simples de escrever... Nada é simples de escrever... Porque a palavra pinta-se, disfarça-se... Encanta-nos de maneiras diferentes.... Posso pensar que a estou a dominar... e no final, ter escrito o que ela quis que eu escrevesse.. Não estou a escrever sobre o nada, sobre o fim... Escrevo sempre sobre o começo, o recomeço... Nas diversas vertentes da palavra...

TEMER

A HORA MAIS EXACTA Imagens que voltavam devagar, se encostavam a ela sem pudor. E no silêncio, a esfinge impenetrável, sabendo-lhe de cor o coração: desistente dos barcos, depondo pelo chão de outros palácios as armas mais preciosas. “Não posso”, acrescentara sentindo aproximar-se a hora exacta. de Ana Luisa Amaral O meu comentário??? A hora exacta para quê??? Desistir da vida, por não se ter encontrado o tal palácio... Aquele sobre o qual se lê nas histórias de crianças... Os reinos de fantasias que ficam sempre escondidos no coração.. Talvez porque a realidade é exactamente o oposto... Não há horas exactas... Há apenas horas.... As felizes quando as conseguimos partilhar... As amargas quando desabamos e somos confrontadas com uma solidão que tememos...

ESCRITA NO OLHAR

Poema E que o mar se levante em pranto... E que o sol fique pálido e branco... Que o vento estremeça de espanto Vou querer-te em meus braços enquanto Os teus braços me sirvam de manto... de Piedade Barbedo (Livro "II Antologia de Poetas Lusófonos) O meu comentário??? Os meus braços... parecem-me vazios, às vezes.. Escondo as lágrimas nos cantos... Com a tua ausência escrita no olhar... Não tenho medo do mar... Sinto-me em paz quando o vejo.... Se juntar o meu pranto ao dele.... Se quem me abraça é o vento... Sinto um estranho conforto e olho em frente...

AMAR E MAR

Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras Que traduzem a ternura mais funda E mais cotidiana. Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. Intransitivo: Teadoro, Teodora. Neologismo de Manuel Bandeira O meu comentário??? Não posso inventar um verbo com o meu nome... Ou talvez possa, se trocar as letras... Traduzir o meu nome no verbo " Amar"... Simplesmente "Mar" ou " rara"... Porque falar, eu falo pouco... Beijar.... beijo-te muito..... Com ternura. Com amor.