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AO LONGE

Ninguém consegue escrever o poema captar a batida o ritmo a música inicial cantar de dentro do epicentro da palvra só lava não mais que rio ardente um fluxo de sangue um batimento. Ou vento, Apenas vento no grande deserto de linguagem. Miragem de miragem: breve fria aragem do fundo. Matemática do mundo ainda só oiro e ferro e prata. Ou pura magma. Talvez a enigmática equação de Deus. Libélula inconcreta na cauda de um cometa unicélula na página do planeta ainda só brancura de salgema. E ninguém sabe quem nem de onde nem porquê nem quando esse poema "Primeira voz", poema de Manuel Alegre O meu comentário??? Esse poema está escrito... Na voz de alguém que domina as palavras.. Que as ama, que as conquista completamente.. Na arte, no desejo, na paixão de se fazer ouvir.. No Cosmo desconhecido.... A descobrir esses planetas, esses labirintos.... Esse amor infinito.... Que se embrulha no Vento e o segue.... E se faz ouvir... Mesmo ao longe...

ÁS AVESSAS

No espaço do meu corpo há um cheiro a maçã verde e eu habituei-me a esperar-te inteira à beira do tempo enquanto as esquinas se dobram de espanto. Tu és a certeza nesta viagem pelo amanhecer tranquilo em que a madrugada se despe das palavras quietas que cheiram a ti. Eu sou a incerteza da partida que sabe a desejo "Poema para ti" de António Sem O meu comentário??? A vida às avessas... As partidas e os desejos... Mas saber que estás presente... Que me estendes a mão... Que confias em mim e não me deixas sozinha... Esperar....o tempo não me derruba.... Pois sei que me desejas tanto como eu te quero... Sentir em cada momento da minha vida.. Nos abraços do meu corpo... Em que se intensifica esse desejo....

FESTAS FELIZES

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O "COM AMOR " deseja a todos os seus amigos/comentadores Festas Felizes Cá nos encontraremos para descobrir novos poemas, novos autores, novos desafios Um brinde e um muito obrigada a todos que me visitam...

REENCONTRO

Perco-me e encontro-me em cada instante nomeado quando as palavras se tornam mudas invertendo o silêncio da luz que me saciam de mistério e teimam de me pertencer. Eu me perco no silêncio eu me encontro de esplendor "Perco-me e Encontro-me" de António Sem O meu comentário??? Num encontro contigo... Nas madrugadas frias.. Nas noites quentes... Sem palavras que te definam... Porque sinto-te em mim... Fico sem saber a razão do meu desencontro... Não quero desvendar o mistério que é o prazer de te amar inteiramente...

CARTAS

Porque me falas nesse idioma? perguntei-lhe, sonhando Em qualquer língua se entende essa palavra Sem qualquer língua. O sangue sabe-o. Uma inteligência esparsa aprende esse convite inadiável. Búzios somos, moendo a vida inteira essa música incessante. Morte, morte Levamos toda a vida morrendo em surdina. No trabalho, no amor, acordados, em sonhos. A vida é a vigilância da morte, até que o seu fogo nos consuma sem a consumir de Cecília Meireles O meu comentário??? A morte, a vida Os sonhos, as ilusões... Os medos, as verdades. Retalhos, momentos.... Partituras de músicas de encantar... Porque a vida é a carta que o destino escreve... Nem sempre com as nossas palavras... Mas no qual crescemos e nos reconciliamos... Com quê???? O nosso tempo, os nossos segredos...

NAS MINHAS MÃOS

As minhas mãos afagam a doçura e estendem-se gentis e tranquilas pelas horas infindáveis de muitas coisas passados em anos vividos abraçados num destino que transporta consigo pedaços de uma vida As minhas mãos afagam a doçura e trazem novos afagos de lua cheia buscando ansiosas e aflitas o consolo de uma pele macia de tanto prazer abraçado e de tanta delícia sentida As Minhas Mãos, poema de António Sem O meu comentário??? Olho para as minhas mãos... E não sei o que têm para contar... Estiveram tanto tempo sozinhas que têm medo de falar... Do prazer que é tocar noutras mãos.. Do calor que se espalha pelo corpo... Do toque nos lábios de alguém e sentir um beijo na palma... Talvez estejam a sonhar... Talvez seja uma fantasia... Mas eu senti o beijo suave, macio, quente na palma das minhas mãos... Que se fecham para o guardar.....

SEM RESPOSTA

Em todas as ruas te encontro em todas as ruas te perco conheço tão bem o teu corpo sonhei tanto a tua figura que é de olhos fechados que eu ando a limitar a tua altura e bebo a água e sorvo o ar que te atravessou a cintura tão perto tão real que o meu corpo se transfigura e toca o seu próprio elemento num corpo que já não é o seu num rio que desapareceu onde um braço teu me procura Em todas as ruas te encontro em todas as ruaa te perco Poema de Mário Cesariny O meu comentário??? Fala-se novamente de amor... Esse amor que parte à tua procura.. Não sei se te vai encontrar... Nem tudo é real.... nem tudo o que sonhamos nos fala... Fica guardado na linguagem dos sonhos.. Perdidos nessas ruas infinitas, indecifráveis.. Posso já te ter encontrado.... Mas não ser quem tu queres.... E ficarmos sem respostas...