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MAPA

Lembra-te que todos os momentos que nos coroaram todas as estradas radiosas que abrimos irão achando sem fim seu ansioso lugar seu botão de florir o horizonte e que dessa procura extenuante e precisa não teremos sinal se não o de saber que irá por onde fomos um para o outro vividos Poema de Mário Cezariny in "Pena Capital" O meu comentário??? O que lembras? O que dizes? Tudo tem o seu lugar. Tudo tem o seu preço. Sem que haja resposta que atenue a dor, a ansiedade, a tristeza de memórias. Hoje tudo pode parecer radioso.. Amanhã pode ser o dilúvio e do mapa, ficar apenas o saber o que era uma mapa...

A VIDA

Recomeça... Se puderes Sem angústia Sem pressa. E os passos que deres Nesse caminho duro Do futuro Dá-os em liberdade. Enquanto não alcances Não descanses. De nenhum fruto queiras só metade. E, nunca saciado Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar. Sempre a sonhar e vendo O logro da aventura. És homem, não te esqueças! Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças... De Miguel Torga O meu comentário??? A maior aventura?? A maior ilusão??? Viver... Gritar bem alto que se está vivo... Não ter medo dessa loucura saudável... A vida que se reconhece, se abre em nós... No reflexo do espelho, sem nos intimidar pela pressa dos outros... Nós vamos saborear muito mais que o fruto... Nós vamos viver no pomar desse sonho maior que o Mundo... A vida, enfim...

AINDA VIVO

Meu amor meu amor meu corpo em movimento minha voz à procura do seu próprio lamento. Meu limão de amargura meu punhal a escrever nós parámos o tempo não sabemos morrer e nascemos nascemos do nosso entristecer. Meu amor meu amor meu nó e sofrimento minha mó de ternura minha nau de tormento este mar não tem cura este céu não tem ar nós parámos o vento não sabemos nadar e morremos morremos devagar devagar "Meu amor meu amor" - José Carlos Ary dos Santos O meu comentário??? Podemos não saber nadar... Sabemos sonhar... Sonhos tristes não.... deixar que as tormentas se calem... Esperar pelo Vento, pelo Sol... Encanto encontrado na doce sensação de beijos solares... Rir e naufragar na ternura do corpo envelhecido, mas ainda vivo.... Nunca morrer... nunca deixar o sonho morrer... Mesmo que o nome desapareça.... PARA OS MEUS PAIS....

TUDO O QUE PEÇO

EPÍGRAFE De palavras não sei. Apenas tento desvendar o seu lento movimento quando passam ao longo do que invento como pre-feitos blocos de cimento. De palavras não sei. Apenas quero retomar-lhes o peso a consistência e com elas erguer a ferro e fogo um palácio de força e resistência. De palavras não sei. Por isso canto em cada uma apenas outro tanto do que sinto por dentro quando as digo. Palavra que me lavra. Alfaia escrava De mim próprio matéria bruta e brava expressão da multidão que está comigo De José Carlos Ary dos Santos O meu comentário??? Também nada sei sobre as palavras. Mas sei o que sinto quando as escrevo, quando deixo que tomem conta de mim... Mesmo quando choro e elas o dizem... Que falem de mim, sem pena... Que me ignorem, até que me passe a tristeza... Expliquem-me os desejos, a razão porque as devo escrever... Tudo o que peço.... Que me façam sentir viva.....

AO LONGE

Ninguém consegue escrever o poema captar a batida o ritmo a música inicial cantar de dentro do epicentro da palvra só lava não mais que rio ardente um fluxo de sangue um batimento. Ou vento, Apenas vento no grande deserto de linguagem. Miragem de miragem: breve fria aragem do fundo. Matemática do mundo ainda só oiro e ferro e prata. Ou pura magma. Talvez a enigmática equação de Deus. Libélula inconcreta na cauda de um cometa unicélula na página do planeta ainda só brancura de salgema. E ninguém sabe quem nem de onde nem porquê nem quando esse poema "Primeira voz", poema de Manuel Alegre O meu comentário??? Esse poema está escrito... Na voz de alguém que domina as palavras.. Que as ama, que as conquista completamente.. Na arte, no desejo, na paixão de se fazer ouvir.. No Cosmo desconhecido.... A descobrir esses planetas, esses labirintos.... Esse amor infinito.... Que se embrulha no Vento e o segue.... E se faz ouvir... Mesmo ao longe...

ÁS AVESSAS

No espaço do meu corpo há um cheiro a maçã verde e eu habituei-me a esperar-te inteira à beira do tempo enquanto as esquinas se dobram de espanto. Tu és a certeza nesta viagem pelo amanhecer tranquilo em que a madrugada se despe das palavras quietas que cheiram a ti. Eu sou a incerteza da partida que sabe a desejo "Poema para ti" de António Sem O meu comentário??? A vida às avessas... As partidas e os desejos... Mas saber que estás presente... Que me estendes a mão... Que confias em mim e não me deixas sozinha... Esperar....o tempo não me derruba.... Pois sei que me desejas tanto como eu te quero... Sentir em cada momento da minha vida.. Nos abraços do meu corpo... Em que se intensifica esse desejo....

FESTAS FELIZES

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O "COM AMOR " deseja a todos os seus amigos/comentadores Festas Felizes Cá nos encontraremos para descobrir novos poemas, novos autores, novos desafios Um brinde e um muito obrigada a todos que me visitam...