... mas a partir de traços pretos em folha branca pode desenhar-se palavras em forma de castelos mágicos ou desertos encantados... e então as palavras ganham sentido...
Encontro-te... sentado na sala, com as luzes baixas... Assustas-me... Tu, com a tua lendária e inesgotável energia... Os teus desportos radicais... que nunca entendi... Como baixo está o som... A música escolhida... O meu tango favorito, à "Média Luz", que sempre desdenhaste e cuja letra, tantas vezes... torturaste... Procuro o champagne e o ramo de rosas habituais... O gesto simpático de um bom amigo para com a anfitriã do jantar... Em vão... E quando te interrogo com o olhar... o teu continua inexpressivo e levantas-te silenciosamente da cadeira... Caminhas para mim, desenhando na perfeição os passos clássicos do tango... Arrebatando-me... conduzindo-me fatalmente pela sala... Numa reconquista, numa renovação, numa afirmação... Poema escrito em 2007 por MV@MartaVinhais@ e publicado hoje novamente em resposta à proposta "Tertúlia de Amor" do blog " Amor Azul" Em homenagem também à minha Mãe que cantava muitas vezes a sua versão deste tango.
O outro lado do Paraíso?... Não… não sei onde é… Pois que…. o Mundo mergulhou neste silêncio atroz… e eu?... Eu fico perdida a gritar…. pela Luz do Sol… Poema escrito em Setembro 2025 por MV@MartaVinhais@ Foto de autoria de Vladimir Fedotiko
Nada é… interdito … se o meu corpo se liberta e reclama uma outra vez todo o prazer da tua pele… Poema escrito em Outubro 2025 por MV@MartaVinhais@ Foto de autoria de Brooke Shaden
Comentários
As palavras, poderão fazer sentido, como não fazer, dependem do sentido que lhe dermos.
Beijos
Belo poema, como sempre.
Querida amiga Marta, continuação de boa semana.
Beijo.
e a página em branco também, porque as recebe e embala.
beijinhos
:)
Palavras muito belas e com sentido que embelezam a folha.
Beijinhos e bom domingo.
Ailime