Pelo menos a loucura de alguns será suficiente - infelizmente - para ditar o fim... e a vida é isso tudo: comédia, fábula, e tragédia grega e não grega...
Hegel escreveu algures que a História repete-se sempre duas vezes. Esqueceu-se de acrescentar: a primeira como tragédia, a segunda como farsa. Às vezes também é comédia e fábula, como dizes. Uma boa semana, Marta. Beijos.
Encontro-te... sentado na sala, com as luzes baixas... Assustas-me... Tu, com a tua lendária e inesgotável energia... Os teus desportos radicais... que nunca entendi... Como baixo está o som... A música escolhida... O meu tango favorito, à "Média Luz", que sempre desdenhaste e cuja letra, tantas vezes... torturaste... Procuro o champagne e o ramo de rosas habituais... O gesto simpático de um bom amigo para com a anfitriã do jantar... Em vão... E quando te interrogo com o olhar... o teu continua inexpressivo e levantas-te silenciosamente da cadeira... Caminhas para mim, desenhando na perfeição os passos clássicos do tango... Arrebatando-me... conduzindo-me fatalmente pela sala... Numa reconquista, numa renovação, numa afirmação... Poema escrito em 2007 por MV@MartaVinhais@ e publicado hoje novamente em resposta à proposta "Tertúlia de Amor" do blog " Amor Azul" Em homenagem também à minha Mãe que cantava muitas vezes a sua versão deste tango.
O outro lado do Paraíso?... Não… não sei onde é… Pois que…. o Mundo mergulhou neste silêncio atroz… e eu?... Eu fico perdida a gritar…. pela Luz do Sol… Poema escrito em Setembro 2025 por MV@MartaVinhais@ Foto de autoria de Vladimir Fedotiko
Nada é… interdito … se o meu corpo se liberta e reclama uma outra vez todo o prazer da tua pele… Poema escrito em Outubro 2025 por MV@MartaVinhais@ Foto de autoria de Brooke Shaden
Comentários
Às vezes também é comédia e fábula, como dizes.
Uma boa semana, Marta.
Beijos.
os actores é que mudam
de tom e nota.
Muitos ficam-se em fá
bu lá, de Fábula...
Bj.
Muito belo este poema.
Assim é na verdade. A vida mais parece uma tragédia grega e não só.
Beijinhos,
Ailime