Encontro-te... sentado na sala, com as luzes baixas... Assustas-me... Tu, com a tua lendária e inesgotável energia... Os teus desportos radicais... que nunca entendi... Como baixo está o som... A música escolhida... O meu tango favorito, à "Média Luz", que sempre desdenhaste e cuja letra, tantas vezes... torturaste... Procuro o champagne e o ramo de rosas habituais... O gesto simpático de um bom amigo para com a anfitriã do jantar... Em vão... E quando te interrogo com o olhar... o teu continua inexpressivo e levantas-te silenciosamente da cadeira... Caminhas para mim, desenhando na perfeição os passos clássicos do tango... Arrebatando-me... conduzindo-me fatalmente pela sala... Numa reconquista, numa renovação, numa afirmação... Poema escrito em 2007 por MV@MartaVinhais@ e publicado hoje novamente em resposta à proposta "Tertúlia de Amor" do blog " Amor Azul" Em homenagem também à minha Mãe que cantava muitas vezes a sua versão deste tango.
Comentários
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Pensamento relaxante...
Beijo e um excelente fim de semana!
Ora ri ora chora.
O vento encontra - se sempre por perto.
Não fizesse ele parte do nossos respirar.
Sorrisos de alegria.
Megy Maia
O vento vai levando tudo que sentimos e, sendo assim, ele percorre becos e vielas ainda que em disfarces.
Muito interessante a reflexão poética.
Tenha um final de semana abençoado!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
https://espiritual-marazul.blogspot.com/2020/02/manifestando-o-amor-inspirada-em.html
Em eterno movimento?
Se esconde na voz do vento
Ou n'aragem que responde
Por calmaria que sonde
O caminho no relento
Sem ter rumo nem assento
Mas nobre como se um conde.
Onde o vento está agora?
Na boceta de Pandora
Ou preso na atmosfera?
Para mim faz mais sentido
O vento estar escondido
Em nós, do lado de fora!
Grande abraço! Laerte.
Um poema belíssimo!
É verdade, o vento chora e ri conforme as nossas emoções.
Um beijinho e um ótimo fim de semana.
Ailime
beijo
LINDO.
Beijos
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