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A mostrar mensagens de março 13, 2005

SEM SABER PARA ONDE

Mendiga – Florbela Espanca Na vida nada tenho e nada dou; Eu ando a mendigar pelas estradas... No silêncio das noites estreladas Caminho sem saber para onde vou! Fiz o que não devia, Florbela! Mendiguei o amor de alguém e aprendi, da forma mais dura que não se deve fazer isso! O amor dá-se, conquista-se, explora-se nas noites estreladas de que falas! Mas não se pode mendigar - porque não é verdadeiro! Apenas ficamos com falsas ilusões e depois, quando acaba, ficamos realmente sem saber para onde vamos!

TORTURA

FLORBELA ESPANCA – Neurastenia Chuva... tenho tristeza! Mas porquê? Vento...tenho saudades! Mas de quê? Ò neve que destino triste o nosso! Ó chuva! Ó vento! Ó neve! Que tortura! Gritem ao mundo inteiro esta amargura Digam isto que sinto que eu não posso!!... Como eu te entendo! É realmente uma tortura ter que esconder a dor, Florbela! Morte = libertação! Mas, Florbela, eu não posso - eu tenho que ficar! Os outros pouco importa o que pensam e o que dizem- mas, os meus Pais não!

NADA

Reli novamente o poema da Florbela Espanca, “ Em vão ” e acho que as coisas só serão em vão se desistirmos! Valorizamos o que não devemos e esquecemos que há outra gente que merece que se perca tempo com ela. Eu perdi tempo com alguém, que não merece que eu o faça, porque olhando para trás, vejo que nada me deu em troca. Ignorou-me (culpa minha ou não, não interessa) e a decisão que tomou, nada tem a ver comigo! É triste ter que pensar assim; custa-me pensar assim, mas como diz o poema de Sophia: “ Mas como sem os amigos Sem a partilha o abraço a comunhão “ Aqui não houve amizade; nem qualquer partilha – é apenas alguém que se conhece e a quem se diz olá do outro lado do passeio, sem parar!