Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro 3, 2010

A VIDA

Recomeça... Se puderes Sem angústia Sem pressa. E os passos que deres Nesse caminho duro Do futuro Dá-os em liberdade. Enquanto não alcances Não descanses. De nenhum fruto queiras só metade. E, nunca saciado Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar. Sempre a sonhar e vendo O logro da aventura. És homem, não te esqueças! Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças... De Miguel Torga O meu comentário??? A maior aventura?? A maior ilusão??? Viver... Gritar bem alto que se está vivo... Não ter medo dessa loucura saudável... A vida que se reconhece, se abre em nós... No reflexo do espelho, sem nos intimidar pela pressa dos outros... Nós vamos saborear muito mais que o fruto... Nós vamos viver no pomar desse sonho maior que o Mundo... A vida, enfim...

AINDA VIVO

Meu amor meu amor meu corpo em movimento minha voz à procura do seu próprio lamento. Meu limão de amargura meu punhal a escrever nós parámos o tempo não sabemos morrer e nascemos nascemos do nosso entristecer. Meu amor meu amor meu nó e sofrimento minha mó de ternura minha nau de tormento este mar não tem cura este céu não tem ar nós parámos o vento não sabemos nadar e morremos morremos devagar devagar "Meu amor meu amor" - José Carlos Ary dos Santos O meu comentário??? Podemos não saber nadar... Sabemos sonhar... Sonhos tristes não.... deixar que as tormentas se calem... Esperar pelo Vento, pelo Sol... Encanto encontrado na doce sensação de beijos solares... Rir e naufragar na ternura do corpo envelhecido, mas ainda vivo.... Nunca morrer... nunca deixar o sonho morrer... Mesmo que o nome desapareça.... PARA OS MEUS PAIS....

TUDO O QUE PEÇO

EPÍGRAFE De palavras não sei. Apenas tento desvendar o seu lento movimento quando passam ao longo do que invento como pre-feitos blocos de cimento. De palavras não sei. Apenas quero retomar-lhes o peso a consistência e com elas erguer a ferro e fogo um palácio de força e resistência. De palavras não sei. Por isso canto em cada uma apenas outro tanto do que sinto por dentro quando as digo. Palavra que me lavra. Alfaia escrava De mim próprio matéria bruta e brava expressão da multidão que está comigo De José Carlos Ary dos Santos O meu comentário??? Também nada sei sobre as palavras. Mas sei o que sinto quando as escrevo, quando deixo que tomem conta de mim... Mesmo quando choro e elas o dizem... Que falem de mim, sem pena... Que me ignorem, até que me passe a tristeza... Expliquem-me os desejos, a razão porque as devo escrever... Tudo o que peço.... Que me façam sentir viva.....