BASTA
Se eu morrer primeiro do que tu, salva a ternura que salvei. Depois, se te doer, firma o olhar nas ondas mais longínquas do mar largo, destrói a dor nas lágrimas, e o vento que te esvoace a saia e o cabelo, pinheiro firme, cego dos sentidos, entre as flores silvestres e a espuma... E o indício de tudo ter passado (eu, um tempo feliz que se recorda) é sentires o longo, íntimo afago do marulho do mar, mão pelos cabelos... de José Fernandes Fafe - Testamento entre os Pinheiros e o Mar O meu comentário?? Em silêncio, a olhar o mar encontro, muitas vezes, consolo... Liberto a minha mágoa, a dor..... Deixo que o mar me salpique, o vento me chicoteie com os cabelos, o sol me torture com os raios.... Choro, grito..... Depois, estranhamente fico em paz, já não me sinto tão só e delicio-me a tentar entender as mensagens..... Do mar, do vento e do sol....... E, basta ..........