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A mostrar mensagens de julho 12, 2009

SEM NINGUÉM

O Segredo é Amar O segredo é amar. Amar a Vida com tudo o que há de bom e mau em nós. Amar a hora breve e apetecida, ouvir os sons em cada voz e ver todos os céus em cada olhar. Amar por mil razões e sem razão. Amar, só por amar, com os nervos, o sangue, o coração. Viver em cada instante a eternidade e ver, na própria sombra, claridade. O segredo é amar, mas amar com prazer, sem limites, fronteiras, horizonte. Beber em cada fonte, florir em cada flor, nascer em cada ninho, sorver a terra inteira como o vinho. Amar o ramo em flor que há-de nascer, de cada obscura, tímida raiz. Amar em cada pedra, em cada ser, S. Francisco de Assis. Amar o tronco, a folha verde, amar cada alegria, cada mágoa, pois um beijo de amor jamais se perde e cedo refloresce em pão, em água! Fernanda de Castro, in "Trinta e Nove Poemas" (enviado por Lumife - obrigada) O meu comentário???? As nossas mágoas.... As lágrimas.... enxutas com uma palavra carinhosa, um beijo tranquilo ou um silêncio amigo... Ama...

CONTRARIAR O TEMPO

Morre lentamente – Pablo Neruda Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má so...

NÃO TER LIMITES

Limites do Amor Condenado estou a te amar nos meus limites até que exausta e mais querendo um amor total, livre das cercas, te despeça de mim, sofrida, na direção de outro amor que pensas ser total e total será nos seus limites da vida. O amor não se mede pela liberdade de se expor nas praças e bares, em empecilho. É claro que isto é bom e, às vezes, sublime. Mas se ama também de outra forma, incerta, e este o mistério: Affonso Romano de Sant'Anna O meu comentário??? Limites??? Se nem a razão o explica.. É um mistério e é livre, sim.. O olhar pode atraiçoar... o sorriso também.... Mas senti-lo é como abrir as janelas.. A chave desse mistério que é amar... É exactamente não ter limites...