Eugénio de Andrade
Casa na Chuva
A chuva, outra vez a chuva
Sobre as oliveiras
Não sei porque voltou esta tarde
Se a minha mãe já se foi embora,
Já não vem à varanda para a ver cair,
Já não levanta os olhos da costura
Para perguntar:
Ouves?
Oiço, mãe, é outra vez a chuva,
A chuva sobre o teu rosto
Às vezes, também me sinto impotente quando vejo a minha Mãe, perfeitamente mergulhada na sua velhice, sem vontade até para falar!
quinta-feira, outubro 27, 2005
segunda-feira, outubro 24, 2005
MAIS SORRISOS
E, porque falamos em sorrisos, porque não sorrir com este poema maravilhoso de Eugénio de Andrade:
Sorriso
Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso
Nada como um sorriso franco, generoso, caloroso para abrirmos à nossa vida e mente ao mundo!!!!
Sorriso
Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso
Nada como um sorriso franco, generoso, caloroso para abrirmos à nossa vida e mente ao mundo!!!!
Subscrever:
Mensagens (Atom)