CONFISSÕES
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Confesso que não sei o que confessar... Talvez a culpa seja um pecado, mas não tenho coragem de perguntar. Porque estou cansada, triste demais para falar da minha alma doente. Talvez isto seja desistir; talvez seja esse o meu pecado, mas eu tentei... Tropecei na desilusão, magoei-me com as mentiras, desiludi-me com o tempo e quando gritei porquê, encontrei o vazio. Confesso que nem sempre perdoo. Não gosto de olhares falsos ou sorrisos bajuladores. Ou palavras traiçoeiras... E, às vezes, peço apenas silêncio para me sentir. Para fechar os olhos e divagar algures, longe daqui, destas confissões que só eu escuto. Não falo de pecados mortais. Confesso erros que me humilharam, mas que se tornaram numa lição valiosa. E se fui vaidosa, se voei até ao topo do Mundo por um minuto... para quê negar de que gostei? Gosto da noite, dos sons e dos cheiros. De música suave e de pés descalços. Da brisa no Verão, de nuvens e de cor-de-rosa. Não gosto do som