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A mostrar mensagens de setembro 16, 2007

DESLUMBRANTE

Escrevo-te com o fogo e a água. Escrevo-te no sossego feliz das folhas e das sombras. Escrevo-te quando o saber é sabor, quando tudo é surpresa. Vejo o rosto escuro da terra em confins indolentes. Estou perto e estou longe num planeta imenso e verde. António Augusto Rosa (excerto) - Escrevo-te com o fogo e a água O meu comentário?? Quem não sonha... ... dançar debaixo de chuva ou sentir o fogo da paixão? O prazer em se amar e se ser amado... Usufruir das sensações.. dos sentimentos...descobrir-se, idealizar-se... Olhar-se para além do reflexo do espelho..................... Surpreender-se e ser surpreendido.... Fazer parte da vida, estar em sintonia...um com o outro... E com um planeta que deveria ser deslumbrante....

ESCREVER SOBRE AMOR

Este é o poema do amor. O poema que o poeta propositadamente escreveu só para falar de amor, de amor, de amor, de amor, para repetir muitas vezes amor, amor, amor, amor. Para que um dia, quando o Cérebro Electrónico contar as palavras que o poeta escreveu, tantos que, tantos se, tantos lhe, tantos tu, tantos ela, tantos eu, conclua que a palavra que o poeta mais vezes escreveu foi amor, amor, amor. Este é o poema do amor. António Gedeão - Poema de Amor O meu comentário?? Quem não gosta de falar, sentir ou escrever sobre o amor? Sentir-se um gigante... Escrever na areia... Escrever no ar... Escrever no pó das estrelas.... No vento, na lua.... Na espuma ao mergulhar no mar.... Também estou a escrever a palavra amor ....amor...amor...amor.... Quantas vezes? Estas e as escritas mentalmente................

VARIAÇÕES

PRIMEIRA IMAGEM Numa tarde de sol, dispôs-se no bordado e a bordar. É que a luz da varanda era tão forte que os olhos se detinham, implodindo. “Um sonho”, desejara. E alguém, sorrindo, lentamente afastou-se, monte acima. ANA LUÍSA AMARAL, Imagens, Campo das Letras, 2000: 11 O meu comentário?? Quem não gosta de sonhar? De gozar uma tarde de sol....sem nada fazer.... Apreciar apenas o que nos rodeia.............. Deixar que a luz nos invada... Não só o corpo....deixando que os olhos se dispersem.... busquem novas paragens......... encontrem novas paisagens.... Novos sorrisos... Novas imagens... variações sobre a que realmente visualizamos..............

PEDAÇOS

Mas agora só podia aguardar a passagem do tempo sem palavras; ou um vento de feição, um acaso que tudo justificasse. E no silêncio em que se ia guardando buscava apenas um lugar mais sereno para as memórias. (excerto) Maria do Rosário Pedreira A Casa e o Cheiro dos Livros O meu comentário?? Memórias - às vezes tudo o que resta... O silêncio ajuda a relembrar, a reviver... Momentos que guardam muito de nós; espelhos, histórias, pedaços... A vida em si... Para recordar esses momentos.... não há verdadeiramente necessidade de palavras........... Basta sentir com o vento.................