Hoje…
estou à deriva…
Nego veemente
e intensamente
o que sinto…
E, no entanto…
continuo a ser
o mar encrespado
de uma noite de tempestade...
Hoje…
estou à deriva…
Nego veemente
e intensamente
o que sinto…
E, no entanto…
continuo a ser
o mar encrespado
de uma noite de tempestade...
Hoje…
pensei em escrever
um poema…
Um poema depois de ti,
do teu desejo,
da tua paixão em mim…
Mas como
posso escrever um poema
se já não consigo
passear nas nuvens?...
Talvez
te pergunte
se a Lua é
o nosso palco…
Se é nesse palco
que desnudamos
verdadeiramente
a alma
e os corpos…
Ou se essa é
apenas a nossa
fantasia secreta…
Quando amanhecer,
partirei
com a brisa…
Esquecerei
as estrelas
brilhantes,
e até mesmo a Lua…
Não falarei mais
de fantasias secretas…
Porque tudo
desaparece…
E eu?...
Pois eu só vivo
na tua memória...
Hoje,
diz apenas
como
me amas...
Surpreende-me…
Sente-me...
Encontra-me…
E volta a amar-me…
É impossível não te olhar sentir-te desejar-te em cada palavra que penso... É impossível não me perder na loucura ...