Lenta, delicadamente, como se restaura um quadro, restauro os meus sonhos antigos… Os que escrevi na espuma do mar… E os que deixei que as ondas me arrancassem das mãos… Não, já não os consigo encontrar, pois que, estão perdidos na sombra do horizonte… Apenas me restam os que a Lua guardou… num planeta remoto e desconhecido… e que agora ela... (a Lua) larga nas minhas mãos sem me dar tempo de ver quem os deixa… Apenas fica a sensação de uma carícia no rosto, de uma palavra sussurrada ao ouvido e a imagem fugaz de um sorriso… O meu sorriso... o que brilha no olhar, e o que se reflecte no mar… sem esquecer... o que enche a Lua de orgulho…. Poema escrito em Agosto 2006 e novamente publicado para celebrar os 15 anos do blog da nossa amiga Rosélia Bezerra