Escrevo-te
Na praia
Onde te aguardo
Alheia ao vento trocista
Que, a minha aparente passividade
estranha
Aguardo-te
Na praia
Onde, nu e ávido o meu desejo se agita
E, a minha boca, entreaberta, sonha já
Com o beijo prometido
A língua toca os lábios
E recua, triste, desiludida
Aguardo-te.
Na praia, com o vento
Que se enfurece e se afasta de mim
Pois vénias ao seu poder eu não fiz
Vê se chegas antes que o vento regresse
Armado com trovões e relâmpagos
Apenas te quero todo
Lutar contra o vento
Não tenho vontade
POEMA ESCRITO E PUBLICADO EM 2009