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A mostrar mensagens de setembro 19, 2010

ONDA DO TEMPO, ONDA DO MAR

De que céu caído, oh insólito, imóvel solitário na onda do tempo? És a duração, o tempo que amadurece num instante diáfano; flecha no ar, branco embelezado e espaço já sem memória de flecha. Dia feito de tempo e de vazio: desabitas-me, apagas o meu nome e o que sou, enchendo-me de ti: luz, nada. E flutuo, já sem mim, pura existência "Dia" de Octavio Paz in "Liberdade sob palavra" Tradução de Luis Piganalli O meu comentário??? A onda do tempo é como a onda do mar. É única - por vezes, cruel... Desconhece o que é a luz ou finge que não a vê... Porque só existe e naquele momento, não há nada... Passado, presente ou futuro... Paisões, desejos, amor... Nada... Nem mesmo os meus gritos de revolta  o impedem... De arrasar as memórias da verdadeira razão de existir... O tempo é como o mar.... Talvez o mar não seja tão impiedoso  como o tempo.... Perdoem-me se disser que não sei.... Não sei mesmo....