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A mostrar mensagens de outubro 25, 2009

NADA

FIM O fim. Tudo tem fim, nada é eterno. O início, tal como o fim. O nada. Onde tudo começa. Onde tudo acaba. No fim não se pensa. Fecha-se s olhos e acontece. Mesmo sem querermos. Ele vem, rápido e frio. Depois começa-se tudo de novo. Do nada, para acabar tudo onde se começou. Sem nada! João Costa Ferreira (Livro "II Antologia de Poetas Lusófonos") O meu comentário??? Simples de escrever... Nada é simples de escrever... Porque a palavra pinta-se, disfarça-se... Encanta-nos de maneiras diferentes.... Posso pensar que a estou a dominar... e no final, ter escrito o que ela quis que eu escrevesse.. Não estou a escrever sobre o nada, sobre o fim... Escrevo sempre sobre o começo, o recomeço... Nas diversas vertentes da palavra...

TEMER

A HORA MAIS EXACTA Imagens que voltavam devagar, se encostavam a ela sem pudor. E no silêncio, a esfinge impenetrável, sabendo-lhe de cor o coração: desistente dos barcos, depondo pelo chão de outros palácios as armas mais preciosas. “Não posso”, acrescentara sentindo aproximar-se a hora exacta. de Ana Luisa Amaral O meu comentário??? A hora exacta para quê??? Desistir da vida, por não se ter encontrado o tal palácio... Aquele sobre o qual se lê nas histórias de crianças... Os reinos de fantasias que ficam sempre escondidos no coração.. Talvez porque a realidade é exactamente o oposto... Não há horas exactas... Há apenas horas.... As felizes quando as conseguimos partilhar... As amargas quando desabamos e somos confrontadas com uma solidão que tememos...