sexta-feira, março 05, 2010

QUE SEJA TUDO

Esquecerás, meu amor, a minha face,
meu cavalo de fogo, meu navio,
e arderás no lume que perpasse
na angústia sepultada em cada rio?
Ver-te-ei, louca e pura, dizer: Dá-se
um cavalo de fogo e um navio
a quem me recordar a sua face
- mas não mais me acharás no longo rio?
Estrada sem memória no areal,
frase uma vez só dita, ou bem ou mal,
em mim a porta, amor, em ti a chave.
Toma-a...E abre ou fecha essa porta ardente
de vez...Quero saber se esta semente
ainda será vento, flor ou ave.
Poema de Papiniano Carlos
O meu comentário???
Que seja tudo....
A ave que voe com o Vento...
Que beije a flor...
Com amor....
Porque o amor é realmente louco....
Vive de sonhos leves....
é essa ave que foge connosco...
Leva o nosso riso ao Vento
e à flor orgulhosa....
Que renasce pura e verdadeira....
Seja no areal, à sombra da árvore...
Ou num jardim...
à beira de um lago...
Para que haja sempre
sonhos e loucuras...

domingo, fevereiro 28, 2010

DEGELO DE INVERNO

No suspenso limite da eternidade,
Escuto teus ecos.
Invoco a centelha adormecida
Nas cinzas do degelo.
(Ó louco poeta abafa a tua voz).
Quando te sinto,
Inverto o meu mundo.
Tudo muda quando existes.
(Encontro-me em teu encanto)
Se a felicidade é o tempo em que te sonhei,
É na saudade de ti, que para sempre estarei.
"Tudo Muda Quando Existes"
de Filipe Campos Melo, Livro "Na Utopia Sou Profeta"
O meu comentário???
Não me sonhes....
se eu existo, encontra-me..
Não abafes a tua voz nem o teu sonho...
A saudade???? Nem fales dela....
Porque eu também te encontrei no meu mundo...
A porta está aberta....
à espera dos teus sonhos,
dos teus desejos....
Para encantarem os meus....
Para dançarem comigo
e suspirarem na minha voz....
Nesse degelo do Inverno...
Na eternidade de quem vive em pleno...