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A mostrar mensagens de abril 24, 2011

PLANETA

Vive-se Quando se Vive a Substância Intacta Vive-se quando se vive a substância intacta em estar a ser sua ardente harmonia que se expande em clara atmosfera leve e sem delírio ou talvez delirando no vértice da frescura onde a imagem treme um pouco na visão intensa e fluida E tudo o que se vê é a ondeação da transparência até aos confins do planeta E há um momento em que o pensamento repousa numa sílaba de ouro É a hora leve do verão a sua correnteza azul Há um paladar nas veias e uma lisura de estar nas espáduas do dia Que respiração tão alta da brisa fluvial! Afluem energias de uma violência suave Minúcias musicais sobre um fundo de brancura A certeza de estar na fluidez animal• António Ramos Rosa, in "Poemas Inéditos" O meu comentário??? Delirar na brisa.... Olhar para o Mundo intensamente..... Com as certezas da paixão.... que se desenha nesse planeta que é o nosso corpo... Que mais se pode desejar do que viver ardentemente????

BEIJO ETERNO

A nudez da palavra que te despe. Que treme, esquiva. Com os olhos dela te quero ver, que te não vejo. Boca na boca através de que boca posso eu abrir-te e ver-te? É meu receio que escreve e não o gosto do sol de ver-te? Todo o espaço dou ao espelho vivo e do vazio te escuto. Silêncio de vertigem, pausa, côncavo de onde nasces, morres, brilhas, branca? És palavra ou és corpo unido em nada? É de mim que nasces ou do mundo solta? Amorosa confusão, te perco e te acho, à beira de nasceres tua boca toco e o beijo é já perder-te. António Ramos Rosa O meu comentário??? Não há palavras... Nada define o beijo.... Cresce... Aprisiona-nos... Sentir tudo e não ver nada..... O beijo escorre pelo corpo todo... Provocador.... Arrebatado.... Confunde-nos, torna-nos ansiosos.... Deixa-nos nas nuvens.... Eternamente.....

REINO DO SOL

É por ti que escrevo que não és musa nem deusa mas a mulher do meu horizonte na imperfeição e na incoincidência do dia-a-dia Por ti desejo o sossego oval em que possas identificar-te na limpidez de um centro em que a felicidade se revele como um jardim branco onde reconheças a dália da tua identidade azul É porque amo  a cálida formosura do teu torso a latitude pura da tua fronte o teu olhar iluminada o teu sorriso solar é porque sem ti não conheceria o girassol do horizonte nem a túmida integridade do trigo que eu procuro as palavras fragrantes de um óasis para a oferenda do meu sangue inquieto onde pressinto a vermelha trajectória de um sol que quer resplandescer em largas planícies sulcado por um tranquilo rio sumptuoso De António Augusto Rosa O meu comentário???? E no horizonte me declaro... Reparo no que há de mais simples na vida... A tranquilidade dos cheiros... O prazer das cores... Os sentimentos inquietos num dia, quase sempre imperfeito.... Mas se escrevo sobre ti, se pens