Não me importo com as rimas. Raras vezes
Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor.
Mas com menos perfeição
no meu modo de exprimir-me.
Porque me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior.
Olho e comovo-me.
Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado.
E a minha poesia é natural como levantar-se o vento.
"Não me importo com as rimas" de Alberto Caeiro
O meu comentário???
É simples e é divino....
Exactamente por isso...
Por ser natural e falar com alma...
Da cor das flores,
das lágrimas que insistem em espreitar...
Do vento que nos acaricia
e nos enlouquece...
Da fantasia que rompe a escuridão...
Do simples acto de respirar
e estar presente....
Em rimas verdadeiras....