Mensagens

A mostrar mensagens de março 27, 2011

PALAVRAS DE CONSOLO

Quando os teus olhos absorvem todas as cores da minha mais íntima tristeza, e compreendes e calas e prometes um lugar qualquer na tua alma e a tua voz demora a regressar ao neutro compromisso das palavras, sei que as tuas mãos ajudariam a limpar estas lágrimas antigas por dentro do meu rosto de Vitor Matos e Sá O meu comentário??? Fala-se, sente-se amor.... Respeita-se o tempo e o espaço... Mais importante que as palavras de consolo... Nunca se esquece totalmente a dor.... Há momentos em que essas lágrimas antigas massacram a alma... Se encontramos alguém que sabe que elas existem, mas ignora-as.... Ama-nos, de todo o coração...

NA PELE

como dizer aos meus olhos que se afastem do incêndio que lavra a oriente do teu sangue rasgando a minha fome e me protejam nesta imperfeita madrugada em que as línguas dos homens e dos anjos se confundem de Alice Vieira,  in "Cinco Breves Momentos de Maio" O meu comentário??? Como dizer, enfim que tudo acabou? Como apagar o desejo, a paixão que ainda vejo nos meus olhos?? Como te quero ainda.... Fico sem saber o que pensar.... Fico acordada, sem paz..... Porque ainda te escuto.... Ainda repito baixinho as tuas palavras de amor.... Ainda as sinto numa carícia na pele....

LONGE DAQUI

Cai chuva do céu cinzento Cai chuva do céu cinzento Que não tem razão de ser. Até o meu pensamento Tem chuva nele a escorrer. Tenho uma grande tristeza Acrescentada à que sinto. Quero dizer-ma mas pesa O quanto comigo minto. Porque verdadeiramente Não sei se estou triste ou não, E a chuva cai levemente (Porque Verlaine consente) Dentro do meu coração. Fernando Pessoa O meu comentário??? Chuva intensa que nos magoa.... Na alma, no corpo.... Fria, despreza as horas em que se cruzam destinos trágicos... Em que a vida desaparece..... Numa angústia, num desespero total..... Quando nada mais há a dizer... E se deseja estar bem longe daqui....  

VOO DA GAIVOTA

ARIMA Uma gaivota- dizes. Sim, uma gaivota passa distante, e arde. o teu rosto é azul, e contudo está cheio de oiro da tarde. Uma gaivota. Alma do mar e tua, abandona-se à luz. E na boca nem eu sei se me nasce o coração, ou se é a lua. de Eugénio de Andrade, enviado pela Tecas O meu comentário??? Será a beleza, a liberdade??? Do sonho, da vida, dos momentos... Esses momentos dourados, porque são únicos... Nascem e guardam-se no coração... Tal como o voo da gaivota... Suave riscando o azul do céu.... Escrevendo o que só os nossos olhos entendem...