sábado, outubro 13, 2007

O BRILHO

Meu amor, diz-me o teu nome
- Nome que desaprendi...
Diz-me apenas o teu nome.
Nada mais quero de ti.
Diz-me apenas se em teus olhos
Minhas lágrimas não vi,
Se era noite nos teus olhos,
Só porque passei por ti!
Pedro Homem de Melo - Fonte (excerto)

O meu comentário??
Quem já esqueceu o nosso nome....
esqueceu-se completamente de nós...
Quem somos,
o que significamos um para o outro,
a razão de estar presentes...
Somos realmente a noite....
O brilho nos olhos morre;
esquecidos, apagados...
Apenas a dor e as lágrimas ficam...
O brilho não será igual.....

quinta-feira, outubro 11, 2007

VERÃO

Fácil, tão fácil
Como um espasmo,
Pondo os teus dedos
Na minha face,
Nem sei se és água
Ou se o meu sangue.
É que incendeias,
Abrindo todas
As minhas veias....
Pedro Homem de Melo - Chuva de Verão

O meu comentário??
Comparar o amor à chuva de Verão?
Pode ser um amor que murche com o Outono...
Uma lembrança no Inverno com uma certa saudade...
Pelo calor,
pela beleza que é sentir-se leve no corpo, na alma....
Sentir-se no topo do Mundo
e deixar que a chuva registe tudo isso....
Porque o tempo não existe....................

quarta-feira, outubro 10, 2007

EXACTAMENTE

Resolvi andar na rua
com os olhos postos no chão.
Quem me quiser que me chame
ou que me toque com a mão.
Quando a angústia embacier
de tédio os olhos vidrados,
olharei para os prédios altos,
para as telhas dos telhados.
Amador sem coisa amada,
aprendiz colegial.
Sou amador da existência,
não chego a profissional.
Amador sem coisa amada de António Gedeão

O meu comentário???
Tanta desilusão...
Com a vida, com o amor, consigo próprio....
Derrota profunda....
sem olhar frontalmente o que há à sua volta....
Sem esperança...
Quando se mergulha num poço sem fundo........
quando se vive com indiferença....
O que significa exactamente estar vivo???

segunda-feira, outubro 08, 2007

AS LÁGRIMAS

Súbito, o Amor e o Tempo, combinados,
Abrem as asas trémulas ao vento....
-"Por que voais assim tão apressados?
Onde vos dirigis?" - Nesse momento
Volta-se o Amor e diz com azedume:
-"Tende paciência, amigos meus!
Eu sempre tive este costume
De fugir com o Tempo....Adeus!Adeus!"
O Amor e o Tempo (excerto) de António Feijó

O meu comentário??
Por vezes, o Amor escapa-se...
Impaciente, irrequieto....
encontra no Tempo o verdadeiro aliado...
Nunca olham para trás....
procuram novas aventuras,
novas luzes, novos corações....
Deixam-nos ficar...
Arrependidos de não termos aproveitado
o que nos faz verdadeiramente vibrar....
O que dá gozo à vida,
.....brilhar......aplaudir.......encantar....
Esquecer as lágrimas
que agora cansam os olhos..........