sábado, novembro 08, 2008

OLHAR EM FRENTE

Camões
Atravessei tantos mares
preso a este parapeito metálico
olhos em frente
Atravessei tantos continentes
antigos de terras vermelhas
oxidadas mar em frente
Agora lembro-me do desenho
duma lagoa turquesa
da profundidade dum azul marinho
Todas descobertas da minha alma
Poemas de Isabelle Lebastard (Livro "Destino de Peixe")


O meu comentário???

Seguir em frente...

Descobrindo a alma...

Redescobrindo o que está sempre presente....

O mar....

A profundidade....

O cansaço que não é cansaço....

Porque se descansa....

Quando se olha em frente......

E se deixa apenas o mar falar....

sexta-feira, novembro 07, 2008

PAZ

Encontro


Quis encontrar o céu

do mesmo azul que o meu.


Quis misturar-me com a areia

de antigas terras vermelhas.


Quis desenhar uma fronteira

amarela


Para seguir de um dedo invisível

o caminho do sol


entre areia e céu


Poemas de Isabelle Lebastard (Livro "Destino de Peixe")



O meu comentário???



Na areia....



Escrevem-se grandes confissões...



Escondem-se segredos....



Há, efectivamente um caminho para se alcançar o Sol....



Há um dedo misterioso que aponta o caminho....



Nunca se duvida que o azul que se banha na areia...



É fundamental na descoberta desse caminho...



Porque ali só reina a Paz....



terça-feira, novembro 04, 2008

COM PACIÊNCIA

Apontamento II


O lago todo e a lua

a lembrar-me Pessoa desencontrado

aqui:


O tempo de escrever como outro tempo

largo e de laço

espelhado em mil distâncias e montanhas


Ana Luisa Amaral (Livro "Entre dois rios e outras noites")



O meu comentário???



Há sempre tempo para escrever....



Com paciência...



Com a beleza reflectida nas águas calmas desse lago...



Esse lago a que se chama inspiração....



Em que as montanhas podem revestir-se de todas as cores...



A prateada da lua e o azul do lago....



Sem distâncias....



Em palavras sensiveis, mas sempre ricas....



Em sentimentos e em imagens.............

segunda-feira, novembro 03, 2008

CRUELDADE

Apontamento V


Uma imagem talvez;

uma figura,

mas de uma geometria tão ausente.


Cultura repartida,

ou o que fosse - mas que fosse

diverso e eu me sentisse em paz


Ana Luisa Amaral (Livro "Entre dois rios e outras noites)



O meu comentário???



Nem sempre....



Sentir em paz, quero eu dizer...



Bastar olhar com olhos de ver....



Por vezes, as imagens estão distorcidas....



Sabemos isso e ignoramos a verdadeira imagem....



Fugimos da crueldade e somos crúeis....



Continuamos a ser egoístas e continuamos a negar....



Não percebemos o porquê.....



Há sentimentos que permancem ocultos......



Porque é mais simples assim.............