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A mostrar mensagens de novembro 29, 2009

NAS MINHAS MÃOS

As minhas mãos afagam a doçura e estendem-se gentis e tranquilas pelas horas infindáveis de muitas coisas passados em anos vividos abraçados num destino que transporta consigo pedaços de uma vida As minhas mãos afagam a doçura e trazem novos afagos de lua cheia buscando ansiosas e aflitas o consolo de uma pele macia de tanto prazer abraçado e de tanta delícia sentida As Minhas Mãos, poema de António Sem O meu comentário??? Olho para as minhas mãos... E não sei o que têm para contar... Estiveram tanto tempo sozinhas que têm medo de falar... Do prazer que é tocar noutras mãos.. Do calor que se espalha pelo corpo... Do toque nos lábios de alguém e sentir um beijo na palma... Talvez estejam a sonhar... Talvez seja uma fantasia... Mas eu senti o beijo suave, macio, quente na palma das minhas mãos... Que se fecham para o guardar.....

SEM RESPOSTA

Em todas as ruas te encontro em todas as ruas te perco conheço tão bem o teu corpo sonhei tanto a tua figura que é de olhos fechados que eu ando a limitar a tua altura e bebo a água e sorvo o ar que te atravessou a cintura tão perto tão real que o meu corpo se transfigura e toca o seu próprio elemento num corpo que já não é o seu num rio que desapareceu onde um braço teu me procura Em todas as ruas te encontro em todas as ruaa te perco Poema de Mário Cesariny O meu comentário??? Fala-se novamente de amor... Esse amor que parte à tua procura.. Não sei se te vai encontrar... Nem tudo é real.... nem tudo o que sonhamos nos fala... Fica guardado na linguagem dos sonhos.. Perdidos nessas ruas infinitas, indecifráveis.. Posso já te ter encontrado.... Mas não ser quem tu queres.... E ficarmos sem respostas...