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A mostrar mensagens de julho 31, 2011

VER-TE

Atravesso o bosque de castanheiros pisando o manto das folhas levadas pelo vento no príncipio de outono. Fecho a cancela  de madeira do jardim e lavo o rosto para entrar em casa. Esta noite dormirei à luz das velas se for preciso de Carlos Saraiva Pinto O meu comentário??? Simplesmente... Ver-te..... Esconder-te  o desejo do meu corpo... Mas, ao mesmo tempo, ansiosa por to revelar... Num abraço.... Ao abrigo da brisa de outono... Num suspiro, contra a pele quente do teu peito.... E no olhar, a luz do prazer.... De amar-te...

CINZAS

Pergunta-me se ainda és o meu fogo se acendes ainda o minuto de cinza se despertas a ave magoada que se queda na árvore do meu sangue Pergunta-me se o vento não traz nada se o vento tudo arrasta se na quietude do lago repousaram a fúria e o tropel de mil cavalos Pergunta -me se te voltei a encontrar de todas as vezes que me detive junto das pontes enevoadas e se eras tu quem eu via na infinita dispersão do meu ser se eras tu que reunias pedaços do meu poema reconstruindo a folha rasgada na minha mão descrente Qualquer coisa pergunta-me qualquer coisa uma tolice um mistério indecifrável simplesmente para que eu saiba que queres ainda saber para que mesmo sem te responder saibas o que te quero dizer MIA COUTO Raiz de Orvalho e outros poemas O meu comentário??? Não quero perguntar nada.... Não há respostas ao que é indecifrável... Ao que nos percorre as veias..... Ao que não o sabemos dizer em palavras.... Essas palavras reduzidas a cinzas e esquecidas no nevoeiro cerrado que sobe