VOO DA GAIVOTA

ARIMA


Uma gaivota- dizes.

Sim, uma gaivota

passa distante, e arde.

o teu rosto é azul,

e contudo está cheio

de oiro da tarde.



Uma gaivota.

Alma do mar e tua,

abandona-se à luz.

E na boca nem eu sei

se me nasce o coração,

ou se é a lua.



de Eugénio de Andrade, enviado pela Tecas

O meu comentário???
Será a beleza, a liberdade???
Do sonho, da vida, dos momentos...
Esses momentos dourados,
porque são únicos...
Nascem e guardam-se no coração...
Tal como o voo da gaivota...
Suave riscando o azul do céu....
Escrevendo o que só os nossos olhos entendem...


Comentários

Álvaro Lins disse…
Excelente escolha.
Os momentos dourados, porque são únicos.... e raros.
Unknown disse…
A gaivota nos mostra a sensação de liberdade, belo poema.
A. Jorge disse…
Acabaste de falar da minha ave predilecta.
Parabéns pela escolha e pelo comentário como sempre muito pertinente.

Beijos

Jorge

http://escarniosmaldizeres.blogspot.com/
Graça Pires disse…
O Eugénio de Andrade com um poema de aparente simplicidade "escrevendo o que só os nossos olhos entendem..."
Um beijo, amiga.
tecas disse…
Liberdade! Voo das gaivotas em liberdade pelas palavras de uma excelente réplica tua, entre o olhar e a lua para o mestre, Eugénio de Andrade.
Lindo, linda Marta.
Bjito e uma flor.
Boa escolha de um dos meus poetas favoritos.

Beijos

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