TUDO O QUE PEÇO
EPÍGRAFE
De palavras não sei. Apenas tento
desvendar o seu lento movimento
quando passam ao longo do que invento
como pre-feitos blocos de cimento.
De palavras não sei. Apenas quero
retomar-lhes o peso a consistência
e com elas erguer a ferro e fogo
um palácio de força e resistência.
De palavras não sei. Por isso canto
em cada uma apenas outro tanto
do que sinto por dentro quando as digo.
Palavra que me lavra. Alfaia escrava
De mim próprio matéria bruta e brava
expressão da multidão que está comigo
De José Carlos Ary dos Santos
O meu comentário???
Também nada sei sobre as palavras.
Mas sei o que sinto quando as escrevo,
quando deixo que tomem conta de mim...
Mesmo quando choro e elas o dizem...
Que falem de mim,
sem pena...
Que me ignorem,
até que me passe a tristeza...
Expliquem-me os desejos,
a razão porque as devo escrever...
Tudo o que peço....
Que me façam sentir viva.....
Comentários
Poema de força de José Carlos Ari dos Santos, como é toda a sua poesia.
Lendo o teu, em resposta, vê-se muito bom e procuraste também responder com a mesma garra, não terás andado longe!
Beijos
Daniel
Grande Poeta
Desejo-te um Ano repleto de prosperidade pessoal e profissional.
Beijos