AINDA VIVO
Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.
Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.
Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento
este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar
"Meu amor meu amor" - José Carlos Ary dos Santos
O meu comentário???
Podemos não saber nadar...
Sabemos sonhar...
Sonhos tristes não....
deixar que as tormentas se calem...
Esperar pelo Vento, pelo Sol...
Encanto encontrado na doce sensação de beijos solares...
Rir e naufragar na ternura do corpo envelhecido,
mas ainda vivo....
Nunca morrer...
nunca deixar o sonho morrer...
Mesmo que o nome desapareça....
PARA OS MEUS PAIS....
Comentários
Este poema de Ary dos Santos, não será de modo algum, a expressão do seu vigor poético.
Adapta-se mais ao teu estilo suave, então não te admires:
- Acho a tua resposta-comentário bem conseguida.
Sempre te admirei como poetisa, este é um caso em que, de certo modo te acho brilhante.
Beijos
Daniel
O teu comentário é muito belo: "Nunca morrer...
nunca deixar o sonho morrer..."
Um beijo.
Só os poetas tem esse dom... SONHAR... VIVER e embelezar os poemas como tu fazes.
Desejo que continues a caminhar...
A encontrar o doce esplendor de SONHAR
B.F.S.
Bjs