PORMENORES
Quando Eu de Alberto Caeiro
Quando eu não te tinha
Quando eu não te tinha
Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo.
Agora amo a Natureza
Como um monge calmo à Virgem Maria,
Religiosamente, a meu modo, como dantes,
Mas de outra maneira mais comovida e próxima ...
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos até à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor —
Tu não me tiraste a Natureza ...
Tu mudaste a Natureza ...
Trouxeste-me a Natureza para o pé de mim,
Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma,
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Por tu me escolheres para te ter e te amar,
Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as cousas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.
O meu comentário???
Por vezes, deixamos que sejam os outros a decidirem sobre a nossa vida...
Anulamo-nos....no fundo, estamos longe de nós próprios e dos outros....
A vida inteira....ou algo rasga esse véu que nos turvou a visão........
Parte-se a redoma, quebra-se a rotina imposta....
Deslumbramo-nos com coisas sempre presentes...
.......mas que nunca vimos em pormenor...
Os pormenores são importantes...
Tal como o poeta diz...lamentos, arrependimento???
Perda de tempo.....
Nunca será....~
Seguir tranquilamente o trajecto na lua no céu ....
Comentários
Com os olhos da alma, e cada vez vimos mais o mundo com
Olhos materialistas
bj
Porque nos ensina a olhar a vida de frente, sem medo.
Beijinho *
Até perante a banalidade, olhos apaixonados vislumbram a arte no seu estado mais ouro!
LOL
Hoje deu-me para isto.
Beijos
:)
Beijos e abraços
diferentes.
Mas há coisas que só não vê quem não
quer!!!