BAIXINHO
Eu não voltarei...
E a noite morna, serena, calada,
...adormecerá tudo sob
sua lua solitária.
Meu corpo estará ausente,
e pela janela alta
entrará a brisa fresca
a perguntar pela minha alma.
Ignoro se alguém me aguarda
de ausência tão prolongada,
ou beija minha lembrança,
entre carícias e lágrimas.
Mas haverá estrelas, flores
e suspiros e lembranças
e amor nas alamedas.
E tocará esse piano
como nesta noite plácida
não havendo quem o escute,
a pensar, nesta varanda
Poema de Juan Ramón Jimenez
O meu comentário???
Alguém escuta...
Poderá estar escondido
na sombra da noite..
Deitado na relva,
encostado a uma árvore,
na soleira da porta...
Poderá compreender a mensagem,
identificar a dor...
Saberá também quando
e se deve interferir...
Ás vezes, temos que ficar calados...
Sentir como a dor fluí,
reconhecer no olhar
que o momento de falar chegou..
E deixar que se fale...
Percorrendo as alamedas,
sentado na areia,
ou com música clássica
baixinho na sala....
Comentários
Um grande amor deixa sempre grandes e belas lembranças, e assim o eternizamos, beijinhos.
Um beijinho e bom domingo.
Um beijo, Marta.
Querida Marta, fiz um poema em francês no meu blog. Podes levá-lo e até se quiseres fazer uma tradução, sabes que não levo direitos de autor...;)
Beijinhos
Verdinha