DOIS POEMAS PARA A MESMA IMAGEM
FOTO DE NUNO DE SOUSA
Uma eterna pedinte eu sou.
E, no último minuto arrependo-me.
Recuo na sombra do jardim.
Desfaço os meus passos,
na relva silenciosa.
Grito?
Não grito?
Mas não há vento.
Estou escondida num deserto.
À espera da frescura da manhã.
Como se tudo fosse mais fácil.
E, eu deixasse
de ser pedinte...
Poema escrito
e publicado em 2009
II
Como me chamo?
Mas isso interessa quando já nada existe?
Quando o meu Mundo se resume a isto?
Procurar um sítio abrigado da chuva e do vento...
Se fizesse um esforço, talvez me lembrasse...
Mas talvez não queira..
Talvez seja mais fácil esquecer que tive um nome
e toda uma história.
Ou talvez tenha vivido sempre assim e goste
numa ironia do destino....
Poema escrito
e publicado em 2012
e publicado em 2012
Comentários
Que tenha um Natal cheio de conforto e um ano de 2020 com tudo o que deseja.
Um beijo.
-
--> Nas brumas do tempo ...
Beijo e uma boa noite!
Pensei que estivesse em pausa...
Gostei destas leituras diferentes do Natal,
no ano passado foquei os sem abrigo.
Os meus votos de Natal nos dois blogues.
Beijinho
~~~~
Saúde.
Bjs
São ambos absolutamente extraordinários e ao teu nível.
Beijinhos
Muito lindos ambos!
Profundamente sentidos e lê-se com compunção... Como se fosse uma prece.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem