AS CERTEZAS


Não sei…

quais as certezas 

que perdi…

Nem sei se algum dia

alguma certeza tive…

Porque escondi-me

num lugar cinzento

e obscuro…

Deixando que…

o Vento dilacerasse

as vidraças da Vida...




FOTO DE VIKTORIA HAACK

Comentários

Agostinho disse…
Por precaução
é sempre preferível não
ter certezas

De certezas
está o inferno a abarrotar
panelas a vomitar a minerar
mercúrio metal

Devassadas estão as vidraças
com certeza

Beijo.
Fackel disse…
Bela reflexão poética. Devemos perder as certezas suspeitas, porque o que acreditamos ser verdade é realmente verdade?
Ailime disse…
Boa tarde Marta,
Um poema lindo...
As nossas certezas nem sempre o são. Mesmo na dúvida o vento leva-as para longe.
Um beijinho,
Ailime
Cléo Gomes disse…
Muito profunda, Marta!

Mas, devemos continuar...

Beijinhos
Jaime Portela disse…
E a vida só precisa de algumas certezas, nem sequer muitas...
Magnífico poema, gostei imenso.
Continuação de boa semana, querida amiga Marta.
Beijo.
Marta

às vezes é melhor nao ter certezas de nada.

e ir ao sabor da maré.

gostei como sempre!

beijinhos

:)
Sofá Amarelo disse…
As vidraças da Vida são sempre frágeis perante o Vento forte...

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