INFINITA
Ó Varina, passa,
Passa tu primeiro...
Que és a flor da raça,
A mais séria graça
Do pais inteiro!
Teu orgulho seja
Sonora fanfarra,
Zimbório de igreja!
Que logo te veja
Quem entra na barra.
Lisboa, esquecida
Que é porto de mar,
Fica esclarecida
E reconhecida
Se te vê passar.
Dá-lhe a tua graça
Clássica e sadia,
Ó Varina, passa...
Na noite da raça
Teu pregão faz dia!
Vê que toda a gente
Ao ver-te, sorri.
Não sabe o que sente,
Mas fica contente
De olhar para ti.
E sobre o que pensa
Quem te vê passar,
Eterna, suspensa,
Acena a imensa
Presença do Mar!
Passa tu primeiro...
Que és a flor da raça,
A mais séria graça
Do pais inteiro!
Teu orgulho seja
Sonora fanfarra,
Zimbório de igreja!
Que logo te veja
Quem entra na barra.
Lisboa, esquecida
Que é porto de mar,
Fica esclarecida
E reconhecida
Se te vê passar.
Dá-lhe a tua graça
Clássica e sadia,
Ó Varina, passa...
Na noite da raça
Teu pregão faz dia!
Vê que toda a gente
Ao ver-te, sorri.
Não sabe o que sente,
Mas fica contente
De olhar para ti.
E sobre o que pensa
Quem te vê passar,
Eterna, suspensa,
Acena a imensa
Presença do Mar!
Carlos Queirós
O meu comentário???
Fácil....
A simplicidade da vida ...
A pureza e a beleza...
O cheiro do mar a invadir momentos....
Histórias realmente eternas....
Sons característicos, inesquecíveis....
Fotografias antigas....
Filmes a preto e branco....
Tudo muda.....nada será o mesmo....
Apenas esta tristeza infinita....
Comentários
Isabel
Muito bem Marta. Mais uma bela escolha.
Quanto ao comentário...???....??? (não sei o que dizer. És perfeita...)
Beijinhos
Para mim este poema é uma ode à beleza de Portugal! Beleza essa captada nos pregões duma varina, na alusão ao mar e à igreja.
Portugal tem e terá sempre uma ligação muito especial ao mar. Na minha opinião a palavra mais portuguesa de todas "saudade" prende-se com o sentimento que os marinheiros deixavam em terra quando partiam para o mar.
Não vejo tristeza neste poema. Pelo contrário, vejo a honra de ser português do poeta...
Mas sabe, nós vemos as coisas com o nosso estado de espírito o que faz com que as conclusões seja sempre diferentes.
Está triste Marta?
Um beijinho