NOSSO CORPO
XCVIII
Deixar nas tuas mãos tudo o que eu amo
nadar no lago verde dos teus olhos
em teu corpo saber como eu me chamo
queimar manhãs de incenso ou de petróleos
chamar por ti, uivar como se um lobo
devorasse corças brancas no meu peito
e o coração inteiro fosse pouco
para amar ou morrer de qualquer jeito
saber que esse punhal que o vento ergue
acima do esplendor da amendoeira
é apenas o tempo que se perde
ao acender de dia uma fogueira
e naufragar em ti como se eu fosse
um mastro habituado a correr mundo
e no mar do teu ventre inquieto e doce
mergulhar nesta noite até ao fundo.
Joaquim Pessoa
O meu comentário???
Mergulha em mim...
Não nas trevas da noite...
No prateado da lua...
Chama por mim.......
Escuta o meu cheiro.....
Não fales do tempo...
Nunca perderemos o tempo ao falarmos de amor...
Ao despirmo-nos e nadar nesse lago...
Que é o nosso corpo...
O nosso amor...
A nossa paixão.....
Comentários
beijos e bom fim de semana
Para si:
http://img152.imageshack.us/img152/362/selohs3.jpg
http://desabafos-solitarios.blogspot.com/
Do poeta já falei (estou à espera da Amélia)
Do comentário, um prodigio! Está tudo dito. É do melhor.
Beijinhos
Beijinho *
:-)
há uma certa profundidade nos poemas de Joaquim Pessoa, como neste.
Na minha modesta opinião, saiu bem o comentário poético a propósito e continou a acha singular esta tua maneira de ir expondo o pensamento.
Beijos,
Daniel