ESPELHO DA TUA VOZ
VOZES DO MAR
Quando o Sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio, d'oiro intenso
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?...
Tu falas de festins e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a Soluçar?
Tens cantos d'epopeias? Tens anseios
D'amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestades?!
Donde vem essa voz, ó mar amigo?...
... Talvez a voz do Portugal antigo,
Chamando por Camões numa saudade!
Florbela Espanca
(enviado pela Fernanda Costa do blog Fernanda & Poemas)
Quando o Sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio, d'oiro intenso
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?...
Tu falas de festins e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a Soluçar?
Tens cantos d'epopeias? Tens anseios
D'amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestades?!
Donde vem essa voz, ó mar amigo?...
... Talvez a voz do Portugal antigo,
Chamando por Camões numa saudade!
Florbela Espanca
(enviado pela Fernanda Costa do blog Fernanda & Poemas)
O meu comentário???
Escuta a voz do passado....
Mágoas, amarguras e remorsos....
Existem....
Não as arrastes sempre contigo....
Escuta também a tua voz....
A que te devolve o mar....
A que vive em ti....
Chama-lhe o que quiseres.....
Mas continua a caminhar....
Se escolheres um soneto de Camões como mantra.....
É porque encontraste nele o espelho da tua voz.....
Comentários
Em seu rumor canta a saudade. Liberta mágoas.
Admirável este poema de Florbela Espanca.
Beijinho *
Bjnhs
ZezinhoMota
Beijinhos verdinhos
Doce beijo
Aqui vai um poema do Charles Baudelaire :
Tu chériras la mer
"Homme libre, toujours, tu chériras la mer !
La mer est ton miroir ; tu contemples ton âme
Dans le déroulement infini de sa lame,
Et ton esprit n'est pas un gouffre moins amer.
Tu te plais à plonger au sein de ton image ;
Tu l'embrasses des yeux et des bras, et ton cœur
Se distrait quelquefois de sa propre rumeur
Au bruit de cette plainte indomptable et sauvage.
Vous êtes tous les deux ténébreux et discrets :
Homme, nul n'a sondé le fond de tes abîmes,
O mer, nul ne connaît tes richesses intimes,
Tant vous êtes jaloux de garder vos secrets !
Et cependant voilà des siècles innombrables
Que vous vous combattez sans pitié ni remord,
Tellement vous aimez le carnage et la mort,
O lutteurs éternels, ô frères implacables !"
Não precisas de publicar o meu comentário.
Beijinhos verdinhos
Beijinhos de carinho e ternura... Um belo Sábado Amiga!...
Beijinhos de amizade,
Fernandinha