OLHAR O MAR
Olha as ondas,
Espuma
E algas.
Regarde la mer.
Olha as rochas,
Gaivotas
E conchas.
Regarde la mer.
Olha as ostras,
Estrelas
E corais.
Regarde la mer
Olha o nosso amor,
Perdido na fúria
Esquecido nas ondas.
Regarde la mer.
Reflexo do céu
Na areia molhada,
Teus passos marcados
No chão da saudade.
O meu comentário???
"Look at the sea"....
Não penses nesse amor que se perdeu por entre as rochas....
Arrastado pela espuma que brinca com os teus pés....
Sente essa espuma...
Deixa que ela desenhe os teus pés na areia.....
As ondas toquem a tua pele....
O mar é uma constante.....
Conhece-o....
As cores.....as fúrias.....os sorrisos.....
"Regarder la mer"....
Apaziguar a alma.......
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Nota: Pedi aos meus comentadores que me enviassem poemas da sua autoria, ou do seu poeta favorito para eu comentar...
O tema terá que ser o "Mar"..
Obrigada, Bill...
Comentários
O poema é belíssimo...Parabéns para o Bill e para ti Amiga!...
Beijinhos de carinho e ternura,
Fernandinha
Adoro estes desafios.
Saudacoes de Düsseldorf!
Podes levar, eu gosto especialmente de uma das últimas que fiz "Sonho", está publicada no blog.
é só veres do lado direito, agora não tenho a certeza do dia, mas posso ver e já te digo.
Beijo
Isabel
Se preferires outra eu depois digo-te.
jOCAS
Isabel
de António Nobre
Georges! anda ver meu país de Marinheiros,
O meu país das naus, de esquadras e de frotas!
Oh as lanchas dos poveiros
A saírem a barra, entre ondas de gaivotas!
Que estranho é!
Fincam o remo na água, até que o remo torça,
À espera de maré,
Que não tarda aí, avista-se lá fora!
E quando a onda vem, fincando-a com toda a forca,
Clamam todas à urra: «Agora! agora! agora!»
E, a pouco e pouco, as lanchas vão saindo
(Às vezes, sabe Deus, para não mais entrar...)
Que vista admirável! Que lindo! Que lindo!
Içam a vela, quando já têm mar:
Dá-lhes o Vento e todas, à porfia,
Lá vão soberbas, sob um céu sem manchas,
Rosário de velas, que o vento desfia,
A rezar, a rezar a Ladainha das Lanchas:
Senhora Nagonia!
Olha acolá!
Que linda vai com seu erro de ortografia...
Quem me dera ir lá!
Senhora Daguarda!
(Ao leme vai o Mestre Zé da Leonor)
Parece uma gaivota: aponta-lhe a espingarda
O caçador!
Senhora d'ajuda!
Ora pro nobis!
Caluda!
Semos probes!
Senhor dos ramos
Istrela do mar!
Cá bamos!
Parecem Nossa Senhora, a andar.
Senhora da Luz!
Parece o Farol...
Maim de Jesus!
É tal e qual ela, se lhe dá o sol!
Senhor dos Passos!
Sinhora da Ora!
Águias a voar, pelo mar dentro dos espaços
Parecem ermidas caiadas por fora...
Senhor dos Navegantes!
Senhor de Matosinhos!
Os mestres ainda são os mesmos dantes -
Lá vai o Bernardo da Silva do Mar,
A mailos quatro filhinhos,
Vasco da Gama, que andam a ensaiar...
Senhora dos aflitos!
Mártir São Sebastião!
Ouvi os nossos gritos!
Deus nos leve pela mão!
Bamos em paz!
O lanchas, Deus vos leve pela mão!
Ide em paz!
Ainda lá vejo o Zé da Clara, os Remelgados,
O Jeques, o Pardal, na Nam te perdes,
E das vagas, aos ritmos cadenciados,
As lanchas vão traçando, à flor das águas verdes,
«As armas e os varões assinalados...»
Lá sai a derradeira!
Ainda agarra as que vão na dianteira,..
Como ela corre! com que força o Vento a impele:
Vamos com Deus!
Lanchas, ide com Deus! ide e voltai com Ele
Por esse mar de Cristo...
Adeus! adeus! adeus!
Obrigada, Marta
http://desabafos-solitarios.blogspot.com/