RAZÕES
Sonetos que não são
Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha.
Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não desespera.
(A noite como fera se avizinha.)
Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove
E sendo água, amor, querendo ser terra
Hilda Hist
Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha.
Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não desespera.
(A noite como fera se avizinha.)
Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove
E sendo água, amor, querendo ser terra
Hilda Hist
O meu comentário???
Dúvidas, eternas perguntas
Certezas a que nem
sempre o tempo responde.
Naufraga-se,
nada-se para terra..
Espera-se,
mas desesperar não..
A resposta não é essa...
A ausência pode não ser essa...
Outras razões,
outros desejos..
Compreender e caminhar...
Ás vezes, por entre destroços..
Outras, num jardim..
Dúvidas...
haverá sempre...
Comentários
Um excelente poema de Hilda Hist.
Gostei do teu comentário, outro lindo poema. "Compreender e caminhar...
Ás vezes, por entre destroços..
Outras, num jardim..
Dúvidas...
haverá sempre..."
Concordo. Um beijo
Dúvida haverá sempre...rsrs
abraços
Hugo