VÁLIDO



No meu grande optimismo de inocente

Eu nunca soube porque foi... um dia

Ela me olhou indiferentemente

Perguntei-lhe porque era... Não sabia...


Desde então transformou-se de repente

A nossa intimidade correntia

Em saudações de simples cortesia

E a vida foi andando para a frente...


Nunca mais nos falamos... vai distante...

Mas, quando a vejo, há sempre um vago instante

Em que seu mudo olhar no meu repousa,


E eu sinto, sem no entanto compreendê-la,

Que ela tenta dizer-me qualquer coisa

Mas que é tarde demais para dizê-la...


Raúl de Leôni


O meu comentário???


E o que tens para me dizer?

Agora, neste momento.

Posso sempre responder-te.

O que diria na altura?

Não, não me perguntes isso.

Agora não vale a pena - não é válido.

O que te diria agora?

Que tenho pena de nem amigos sermos...

Continuas a ver a vida da mesma maneira

e a vida tem muitas portas,

muitas janelas.

Podemos encontrar tudo ou nada.

Mas temos alguma coisa..


Comentários

Hugo de Oliveira disse…
Estava com saudades de passar por aqui...mais to de volta.

abraços


Hugo
MCampos disse…
Não conhecia o autor, Marta, mas gostei muito do soneto. O final do seu comentário quase podia ser a porta, ou a janela. "Mas temos alguma coisa".

Um abraço. Bom fim-de-semana.
Jacarée e Baby disse…
Exelente
Há histórias da vida que nos marcam e iluminam nosso mundo.
Que os anjos te iluminem de otimismo.
Bjs carinhosos.
QUERIDA MARTA, QUE TENHAS UM BELO FIM DE SEMANA... ABRAÇOS DE AMIZADE,
FERNANDINHA
Gosto do poema, como sabes, mas aqui está mais completo com a tua interpretaçaõ.

Bom fim de semana.

Bjs
. intemporal . disse…
. dos laços que se des.prendem no tempo que teimamos em ampliar .

. "amei.de.amar" .

. um beijo, marta .

. sempre ,,,

. paulo .
A falta de diálogo é muitas vezes o caminho da separação...porque os caminhos não se cruzam.

Beijinhos

Verdinha

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