INVENTAR
O amor é uma companhia
Já não sei andar só pelos caminhos.
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visivel faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar....
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
De Alberto Caeiro
O meu comentário???
Sintomas de paixão...
Sentimentos contraditórios
e o maldito rubor...
Gigantes,
bobos da corte....
Euforia,
desespero e dúvida....
Faz parte....
será correcto chamar-lhe
o processo de amar???
Não sei....
também já me senti assim...
Um dia....
Mesmo hoje,
no meio das rugas
e dos cabelos brancos...
Continua a haver
um brilho especial nos olhos....
Porque ainda nos olhamos nos olhos...
Fazemos ainda perguntas,
procuramos respostas,
inventamos a
paixão,
novamente.
Comentários
FERNANDINHA
O nivel de profundidade do poeta é um facto consumado, como o teu poema saíu belo, já não dá pensar estar perante um achado.
Beijos
Daniel
BEIJOS DE AMIZADE,
SUSY
Na sinopse a frase: Eu te amo!
Gravo com pó d’ouro no pedestal:
— Amor, amor... um amor imortal!...
Ai!... — Sou apenas um súdito de pano!
Vagueio, zonzo, como débil mental;
Sinto calado o corroer dos anos...
O’ tempo cruel: — Tu és meu tirano!
Mas sonho... vôo num mundo espacial.
Versifico nos meus caminhos dourados;
Sim, tu estás no teu degrau sagrado...
... e de muito longe canto: — Eu te amo!
Contemplo as luzes, na tua moldura:
— Como pode uma alma, assim, tão pura!?
Longe de ti, repito: — Eu te amo!...
Ribeirão Preto, 08/03/2002
10h10 min.
Obrigado pela sua amizade. Obrigado pelo seu comentário!
Seguirei-te sempre.