ESPERANÇA
O Céu azul, não era
Dessa cor, antigamente;
Era branco como um lírio,
Ou como estrela cadente.
Um dia, fez Deus uns olhos
Tão azuis como esses teus,
Que olharam admirados
A taça branca dos céus.
Quando sentiu esse olhar:
"Que doçura, que primor!"
Disse o céu, e ciumento
Tornou-se da mesma cor!
De Florbela Espanca in "Trocando Olhares"
O meu comentário???
Para quê o ciúme???
Torna a dor mais profunda,
porque o azul é infinito..
E a tela da vida
apenas retrata parte....
A tonalidade do céu é perfeita;
a nossa nem sempre....
As estrelas cadentes, os lírios....
Sinal de harmonia,
raramente visto e sentido....
O ciúme que devemos apagar ~
da memória....
E nunca deixar
que manche o azul...
Sempre um recomeço,
uma esperança....
Comentários
O ciúme, desde que não seja doentia, como aqui parce não ser, faz parte do amor. Se sou fã da poesia de Florbela Espanca, também gostei de tua retórica.
Beijos
Beijos
É Um grande prazer para mim.
A minha poesia é do mundo..
Vou passando pois somos quase vizinhas. vou ao Porto muitas vezes e um dia partilhamos poesia.
estou a preparar novo livro.
Um beijo