FELIZ

dois amantes, o mundo
cada um no seu reino, beijam-se na praia
quando as ondas batem as areias

o mar é o meu navio,
hoje naufrago feliz

sabes quem sou, as dunas
que se levantam com o vento são
os sonhos do amor que dormita
em sossego nas praias

a terra és tu o mar sou eu

"Dois Amantes, o Mundo" de Jorge Reis-Sá
 in "A Palavra no Cimo das Águas"

O meu comentário???
Não durmo..
Só sonho e estou em paz...
Num sossego que nada perturba...
Nem o mar, nem o vento..
Sei quem tu és...
Escrevo tantas vezes o teu nome...
Vejo-o em qualquer lugar...
Mesmo nas dunas onde afundo os pés...
Brincando com a areia escaldante,
oferecendo-te os lábios para mais um beijo...
E, sim, estou feliz....





Comentários

Ah, o amor! Após uma vivência de altíssimo grau de felicidade, o descanso! Para dizer que tudo valeu à pena e, e que outras viagens virão com a mesma Paz de Espírito. É a ânsia do amor. Logo este amor que nos ilumina tanto.
Que bom que você esteve em meu lugarejo. Uma presença sempre bondosa a me dizer que devo escrever um pouco mais!
Os beijos e os abraços são recíprocos!
Carlos,
Graça Pires disse…
Escrever o nome de quem se ama e olhar tanto para o mar até que as mãos se façam ondas e os olhos se tornem barcos prontos a permitir um abraço adiado...
Um beijo, Marta.
Anónimo disse…
Acho esta ideia de contrapor à edição da poesia alheia uma réplica, também em poesia.

O José Sasportes faz uma coisa semelhante, a de dar continuidade a uma obra.
Espreita «Os Dias Contados»
Prosa.
Uma delícia.
Saudações

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