HORAS DEMAIS
Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.
Manuel António Pina,
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.
Manuel António Pina,
in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde"
O meu comentário????
Memórias felizes de momentos..
Em que se amou
com a verdade da partilha...
É a conversa no café,
cheia de brincadeiras e risos....
A corrida até ao mar
e o beijo demorado às escondidas do sol...
É o livro novo em folha,
a discussão saudável do tema....
Amar, na verdade, sem pressa....
Parar o tempo naquele momento
em que sentimos
que estamos longe demais,
horas demais
fora da casa
e dos braços abertos....
Comentários
sorriso como quem volta a casa..."
Um poema muito belo de Manuel António Pina. O teu comentário é um belo poema de quem entende que o amor é uma festa partilhada.
Um beijo, Marta.
Mais um.
Sem pressa digo: de ambos os poemas gostei, talvez a atracção da simplicidade e leveza.
Beijos
Tem um pouco a ver com o provérbio que deixei no meu blog...
Espero que na tua vida, esteja tudo bem, minha amiga !
Beijinhos
Verdinha
Estamos sempre
voltando ao amor.
É o nosso
compromisso
com a vida...
Vida plena em teus dias.