O TEMPO

As pessoas não vêm para o abandono da rua
para serem felizes, só se for com um copo na mão
para festejarem uma passagem de ano. As pessoas
atravessam a ponte que separa duas vidas, ou dois modos
de vida, porque não têm alternativa, porque é este
o caminho que lhe resta.
E depois ninguém as vem procurar nem chamar à razão
para que reconsiderem e regressem.
Ninguém regressa, ao fim e ao cabo."

Extracto do livro de José Jorge Letria
"Coração sem abrigo" (recomendo a sua leitura)

O meu comentário???
É apenas mais um rosto...
Ninguém o trata mais pelo nome,
porque, e utilizando a expressão do autor,
ao fim e ao cabo,
temos medo de que
não haja mesmo alternativa.
E sejamos nós, um dia,
aquele rosto sujo
e com a dor espelhada nos olhos...
O que eu espero???
Que haja uma alternativa
 e que ninguém mais atravesse essa ponte...
Os melhores votos para 2012.....

Comentários

Daniel Costa disse…
Marta

Tudo bem, mas o poeta não deve calar, ainda que digam escrever literatura menor.
Feliz ano Novo!...
Beijos
Unknown disse…
Martamiga

o «culpado» de eu aqui estar logo no começo deste 2012 muito suspeito é o... Sofá Amarelo. Foi lá que te encontrei... Espero-te, agora, na minha Travessa. E já te (per)sigo; donde...


Entretanto, o Vatefantasma volta a atacar…


O Ano Novo já entrou
pé ante é, de mansinho;
quem já dormia acordou
pra despedir o velhinho

De muletas e alquebrado
o velho nem quis saber
onde seria enterrado;
estava farto de viver

Mas o novo, um folgazão,
nem sequer lhe deu abraço
que era muita a confusão

Deu-lhe só um empurrão
pra ganhar o próprio espaço
ou escolher a… emigração


‘té parece que sou poeta… da treta

Qjs = queijinhos = beijinhos
Querida amiga

Não existe ano novo
se não houver sonhos novos.
Desejo que neste novo ano,
cada dia de vida da sua história,
seja vivido de modo calmo e pleno,
e que possas viver
o mais intenso caso de amor
com a sua vida,
e com os que fazem parte da sua vida.

Aluísio Cavalcante Jr.
Que 2012 seja para além das boas expectativas
Abreijos
Sofá Amarelo disse…
A pessoa anónima passa pela vida sem deixar rasto, como se ninguém soubesse que existiu, apenas um pequeníssimo círculo de pessoas se lembrará - no trajecto da vida há muitas pontes e depois de passar por elas ninguém regressa...

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