NO CAIS VELHO




Tela de Maggie Graham “Friends”


Onde estás?
O que nos aconteceu?
À promessa de que nada ou ninguém nos separaria?
Porque a minha vida foi tudo menos o que dissemos que seria naquelas tardes maravilhosas de Verão em que ainda podíamos inventar a vida....
Lembras-te?
Das horas que passávamos deitadas de barriga para baixo no cais a conspirar com o rio?
De como pensavam que éramos irmãs, por termos o cabelo loiro e vestirmos as mesmas cores?
Ainda gosto de cores suaves....
Estou agora sozinha, partiram todos e ninguém pode partilhar as minhas memórias do passado...
Se estivesses aqui....
Mas tu própria nada mais és que uma outra memória daquela velha louca que passa as tardes no cais velho....

Comentários

Sofá Amarelo disse…
O cais velho guarda memórias de um tempo que só não passou na lembrança e no recordar dos bons momentos... assim a vida proporcionasse voltar sempre que quiséssemos ao cais velho e reencontrar todos aqueles que gostaríamos de ver...
CamilaSB disse…
As memórias estão sempre presentes - quando elas são boas - são presentes que nos ajudam a colorir os dias cinzentos... quando o tempo nos fecha uma porta, podemos sempre abrir uma janela...
Também gosto de cores suaves porque a alma é sempre nova :)
Magnífico e cheio de ternura o seu texto poético e a bela imagem! Adorei Marta!
Beijinhos e votos de um Santo Natal com muita saúde, paz, alegria e amor! Feliz Ano Novo que ele nos traga muitas coisas boas :)
Nilson Barcelli disse…
Há memórias que nos acompanham até ao resto da vida.

Belíssimo texto, ainda que nostálgico.

Um beijo, querida amiga.

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