Fui um livro… Não sei porque escrevi “fui”, se continuo a ser um livro… Com a capa estragada, é certo; algumas folhas estão rasgadas e amareladas. Estou aqui, abandonado neste sótão… não me lembro por quem… Lembro-me do Sol, dos cheiros e do toque da pele. Lembro-me sobretudo dos suspiros apaixonados, pois sou um romance de cordel, de amores escondidos, traídos, sufocados. Um retrato de uma época que já não existe; hoje, não faz qualquer sentido. É simplesmente um fantasma que eu não sou. Ainda existo; ainda tenho voz e hoje… Hoje alguém me encontrou. Alguém com a pele muito branca, uns olhos verdes muito vivos e cabelo comprido de uma cor que não consigo identificar. Uma rapariga que gritou: “ Uuau! Tantos livros! De quem são?” mas não ouvi qualquer resposta. Ela abriu a janela e o Sol, por quem me apaixonei um dia, voltou a seduzir-me. A rapariga olhou em volta, maravilhada com as caixas de cartão e o mobiliário antigo. Texto (incompleto) escrito em 2010 por MV@MartaVinha...
Comentários
Que a paz do coração inunde seu ser!
Tenha dias felizes!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Beijo.. Boa noite!
mas tenho para mim que os deuses do Olimpo
jogam aos dados - não alimentam a esperança
beijo
Beijinho e um bom fim de semana
Daniela Silva | danielasilva-oficial.blogspot.pt
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…… Conheça-me aqui …….
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^^^ São teus olhos, pérolas por lapidar ^^^
^^^ Pensamentos e Devaneios Poéticos ^^^
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Votos de um feliz fim de semana.
Fiz-me seguidor.
Cumprimentos
Belíssimo poema
Beijinhos
Maria