Encontro-te... sentado na sala, com as luzes baixas... Assustas-me... Tu, com a tua lendária e inesgotável energia... Os teus desportos radicais... que nunca entendi... Como baixo está o som... A música escolhida... O meu tango favorito, à "Média Luz", que sempre desdenhaste e cuja letra, tantas vezes... torturaste... Procuro o champagne e o ramo de rosas habituais... O gesto simpático de um bom amigo para com a anfitriã do jantar... Em vão... E quando te interrogo com o olhar... o teu continua inexpressivo e levantas-te silenciosamente da cadeira... Caminhas para mim, desenhando na perfeição os passos clássicos do tango... Arrebatando-me... conduzindo-me fatalmente pela sala... Numa reconquista, numa renovação, numa afirmação... Poema escrito em 2007 por MV@MartaVinhais@ e publicado hoje novamente em resposta à proposta "Tertúlia de Amor" do blog " Amor Azul" Em homenagem também à minha Mãe que cantava muitas vezes a sua versão deste tango.
Comentários
Bem expressivo e eloquente...
Boa tarde, Marta.
Beijinho
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🌹
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Cumprimentos
Tenha um dia feliz
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Pele aveludada onde passeiam os sábios.
Beijos e um excelente dia... :)
Lindo poema.
Quando tudo parece sombra o silêncio é bom conselheiro.
Beijinhos,
Ailime
por vezes o silêncio é um refugio
que nos deixa pensar com mais saber
e nos acalma a alma
beijinhos
:)
"O Amor se põe mais em obras do que em palavras" ...
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem